ITAIPU SURPREENDE AO ABRIR COMPORTAS PARA TORNAR RIO PARANÁ NAVEGÁVEL

A Binacional com esse gesto de abrir comportas para tornar navegável o Rio Paraná, surpreende. É que favorece o Paraguai e Argentina na exportação de seus produtos pela Bacia da Prata (formada pelo Rio Paraná, o Paraguai e o Uruguai). O Brasil, praticamente não exporta pelo Rio Paraná, enquanto o Paraguai tem a terceira maior frota de barcaça do mundo com mais de 3000 unidades operando; o que comprova que este país guarani tem uma cultura naval impressionante. Se o Paraguai domina as águas da hidrovia, a Argentina tem o maior percentual de cargas. Dados de uma pesquisa da UTFPR, ainda em 2017, registrada pelo Correio do Povo, mostra que a Argentina transportava pela hidrovia 64,60 milhões de toneladas de carga por ano, enquanto o Paraguai 12,97 milhões de toneladas. Em seguida vem o Brasil com 4,47 milhões de toneladas, Bolívia 1 milhão de toneladas e Uruguai 52 mil toneladas. Em contrapartida o Paraguai, movimenta pela hidrovia 76,8 % de suas cargas, contra 54,6 % da Argentina e 12,9 % da Bolívia.

Toda essa movimentação econômica pelo Rio Paraná sofreu um baque pela estiagem que baixou o nível de água, o que impactou a exportação e transporte de cargas. Só para ter uma ideia do que estava acontecendo, cerca de 120 barcaças carregadas de soja estavam com problemas de se locomover pelo rio. Diante dessa situação é que houve um diálogo com a direção da Itaipu para que liberasse água pelas comportas, o que acabou acontecendo.

ALERTA- Um estudo mostra que o a produção de soja do Oeste do Paraná poderia seguir apenas 200 km até os portos do Paraguai e fazer o restante do caminho em balsas, evitando viagem de mais de 600 km de caminhão até o Porto de Paranaguá. Esta possibilidade baixaria em muito o custo do transporte, chegando a 25% do rodoviário. Para que isso possa se tornar realidade, o Paraguai está construindo uma estrada de 147 km que margeia e interliga o Rio Paraná com as zonas de produção, próximo à fronteira com o Brasil. Nesse percurso estão onze portos fluviais, sendo um deles Porto Torocuá a 100 km da fronteira brasileira. (Da Redação Mirtis/Pesquisa)   

A Hidrovia Paraguai-Paraná pode se tornar uma alternativa para escoar a safra brasileira

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