PARQUE ECOLÓGICO, HISTÓRICO E RECREATIVO DOS PIONEIROS

A Associação dos Professores de Medianeira acalentou por anos o sonho de tornar realidade o Parque Ecológico, Histórico e Recreativo dos Pioneiros, situado na direção norte da cidade, lado direito da BR-277, saída para Foz do Iguaçu, cortado pelo rio Alegria e Rio das Lavadeiras. Uma área verde de 63,6 hectares, única urbana disponível com grande valor histórico por ser a célula “mater” da colonização. Tanto é que nesta célula fora construída Casa da Migração, chamada de República (desmanchada em 1960), Carpintaria e Ferraria (destruída por incêndio em 1958), a primeira barragem para geração de energia e a primeira indústria, um moinho de propriedade de Pedro Belotto Filho, vendido para a Família Zornitta.

Todo esse complexo histórico era forte motivo para a Associação dos Professores Aposentados  concretizar o sonho de criação do parque, que de pronto, recebeu o apoio do colonizador Pedro Soccol  e empresário Hélio Rohde na idealização do projeto. Após visitarem o espaço, sugeriram divisões por identidade histórico-cultural: 1º Sítio Ecológico do Moinho, 2º Pequeno Zoológico e 3º Casa da Cultura Popular. Dessas sugestões brotou o anteprojeto e maquete.  Tanto desenho, quanto a maquete, perpetuou réplica do início da colonização como Igreja, Hospital, Casa de Migração, Cantina, Moinho, Marcenaria, Carpintaria, Ferraria, Escritório da Colonizadora, além de outros complementos. Ocupação prevista de lotes urbanos, chácaras e de espaço nativo/reflorestamento da Cooperativa Frimesa. Áreas que deveriam ser legalizadas por intermediação do poder público.

     A ideia de resgate da memória, criando uma infraestrutura básica e aproveitando o que ainda existia como referência histórica, cultural e ecológica para imortalizar a colonização e servir para lazer, eventos e visitações, nunca saiu do papel. Como só ficou no anteprojeto, as áreas continuam privadas e preservadas sob a supervisão do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Uma das áreas é do empresário Edimar João Antoniolli (Careca), outra da Cooperativa Frimesa que transformou uma parte em Parque Ambiental Frimesa, além de chácaras/terrenos de particulares. (Da Redação Mirtis/ Pesquisa- Fotos Arquivo Mosaicos e de Hildegarde Rohde)

Montagem da maquete pelas alunas do Colégio Mondrone sob orientação da professora Ivoninha Silvina

Anteprojeto desenhado por Tania Mara Rohde

Faria parte do Parque o primeiro Moinho que simboliza o início da industrialização de Medianeira.
Pertencia a Pedro Belotto Filho, depois Família Zornitta, hoje Metalúrgica Jacobsen

Barragem no Rio Alegria construída em 1952 com turbina de 45 HP para fornecimento de energia

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