Revista Mosaicos

Uma síntese da história da Churrascaria Patussi desde a explosão do movimento na era dos sacoleiros, falência, leilão e a locação para o Costa Oeste Clube

Quem passa pela BR-277-Parque Independência no acesso a UTFPR de Medianeira, se depara com Costa Oeste Clube onde se realiza bailes e shows desde 2004. Nesse local funcionou a Churrascaria Patussi, de 1988 a 1998, nos tempos áureos do turismo de compras para abastecer clientes do país com produtos importados. A era em que os sacoleiros viajavam em comboio de ônibus movimentavam churrascarias, borracharias e outros comércios nas margeantes da rodovia. Uma delas foi a Churrascaria Patussi de Medianeira chegando a servir 600 refeições/dia, gerando cerca de 40 empregos diretos. Aos poucos o movimento foi se restringindo face as operações da Polícia Federal e não houve outra alternativa a não ser fechar as portas, como aconteceu também com a Churrascaria A Costela de Matelândia e outras tantas.

Churrascaria Patussi, motivo desta reportagem encerrou as atividades em 1988 após falência decretada- situação gerada pela queda de movimento e em seguida a agravante de ações judiciais trabalhistas dos funcionários que fez com que os proprietários da churrascaria Marcos Antonio Costa e esposa Tânia tentassem a mesma atividade no Paraguai com sucesso.

LEILÃO – O prédio foi arrematado em leilão no ano de 2006 pelo empresário Ednilson Poline Vieira da empresa Arte Tintas de Foz do Iguaçu por um valor de R$ 320,000 sendo R$ 120.000 de entrada e 24 parcelas sem juro. Espaço este já era ocupado pelo Costa Oeste Clube desde 2004 por ter seu proprietário locado o prédio da massa falida. Como arrendatário foi comprando as cotas ajuizadas dos ex-funcionários (só uma ação   chegou a R$ 6.000,) com o intento de que quando saísse o leilão os valores abateriam no valor da compra. No entanto, por desatenção do síndico da massa falida nomeado pela justiça, as ações compradas e registradas foram creditadas novamente aos funcionários assim que saiu o leilão, mais o contraditório da informação dos advogados dos antigos donos que o leilão demoraria ainda muito tempo e até não sairia.

O leilão saiu e só teve um concorrente, o atual proprietário que ficou com o prédio em estilo colonial de 1.560 metros quadrados de área construída em lugar estratégico da cidade.

LOCAÇÃO – O dono do Costa Oeste Clube sempre pagou aluguel pelo espaço no valor de R$ 14.000,/mês, antes à massa falida, depois para o novo proprietário. Relembra que ao começar a atividade fez altos investimentos de restauração na esperança de futura compra, o que não acabou acontecendo.

Ainda hoje lamenta ter sido ludibriado pelo trâmite do leilão, mas com serenidade continuou a fazer o que mais gosta divertir as pessoas. São realizados bailes duas vezes por semana com música ao vivo às quartas-feiras a partir das 20hs e aos domingos a partir das 18hs, além de shows. A casa já faz parte da vida social de Medianeira e Região e atende a um público fiel ao gênero de músicas tradicionalistas, sertanejas e românticas tocadas por bandas e grupos. (Da Redação Mirtis)